Israel tinha a promessa dada por Deus de não mais ser escravo do Egito. Numa ironia do "destino", Moisés, aquele que seria rei e opressor dos hebreus veio a ser o líder desse povo no processo de libertação. O príncipe deixou o palácio em busca da promessa para o povo de Deus, contada - e quem sabe cantada - de pai para filho. Apesar de tudo, o peso da renúncia não anulou a constante rejeição de um povo de coração endurecido para com o seu líder, ou mesmo para com o seu Deus.
Isso me lembra a história de Jesus. O "príncipe da paz", que "abriu mão de sua glória [palácio celestial]", "veio para os seus que o rejeitaram". Ao pensar nessas duas histórias, posso arriscar uma leitura do nosso tempo. A promessa de Deus é a mesma: liberdade para os seus. Nós, que somos metidos a deuses, inventamos uma outra: prosperidade que nos torna príncipes e donos de palácios.
Nenhum comentário:
Postar um comentário