The pursuit of happiness

terça-feira, 30 de dezembro de 2008

'Cienciologia' dos olhos


Nos últimos dois anos tenho me ocupado de estudos na área de Visão Computacional. De forma simples, essa é uma área do conhecimento que visa "fazer as máquinas (computadores, robôs, etc.) terem o sentido da visão". Não se trata apenas da instalação de uma câmera, ou seja, de fazer a máquina 'enxergar', mas de que ela tenha algum discernimento sobre o que ela 'enxerga'. Um conjunto de pontos (pixels) coloridos pode compor algo com algum significado, como objetos, pessoas, texto, etc.

O fato é que, por mais avançada que seja a tecnologia, estamos muito longe de fazer as máquinas verem como seres humanos. Aliás, estamos longe de fazer as máquinas se comportarem como seres humanos. O contato com esses desafios e observar os pequenos avanços me fazem admirar cada vez mais o ser humano, uma máquina tão poderosa mas ao mesmo tempo tão frágil. Digo frágil pois é formada de matérias tão improváveis... Ossos, carne e muita água! Mas mesmo assim é tão mais fácil para nós, humanos, distinguir um cavalo de um cachorro!

Esse é um pouco do lado cientista que há em mim. Matemática, modelos estatísticos, programação e uma parafernalha de coisas para criar algum tipo de inteligência artificial. Aliás, acho interessante podermos combinar conhecimentos acumulados por vários milênios e de várias áreas para produzir essa tal inteligência. É um processo em que um ser (vivo) inteligente tenta
criar algo que se assemelhe a ele próprio. Daí surge uma questão filosófica fundamental: e a nossa inteligência? De onde vem? Somos a superação de outras formas de inteligência inferiores ou imagem de uma inteligência maior?

Particularmente, acredito que, a despeito da existência de espécies menos evoluídas do homem, há algo de muito especial no homem. Dizem que nele há uma alma, ou melhor, como diria o C. S. Lewis, que o homem é uma alma que possui um corpo. Dizem também que essa alma possui janelas chamadas olhos. Para esses, não há visão computacional, inteligência artificial ou qualquer outra coisa que possa se comparar.

Thiago PX

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

O risco de estar vivo


Trecho
de 'To Risk' traduzido por Rita Amaral. Extraído de http://www.aguaforte.com/mercadorpalavras/mercador-8.html

R
ir é correr o risco de parecer um tolo.

Chorar, é correr o risco de parecer sentimental.
Abrir-se para alguém é arriscar envolvimento.
Expor os sentimentos é arriscar a expor-se a si mesmo.
Expor suas idéias e sonhos é arriscar-se a perdê-los.
Amar é correr o risco de não ser amado.
Viver é correr o risco de morrer.
Ter esperanças é correr o risco de se decepcionar.
Tentar é correr o risco de falhar.