The pursuit of happiness

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Mesa no campo

Viver em paz, plantar livros e amigos [Zé Rodrix]. Uma casa no campo. Nessa casa, um belo jardim e uma mesa grande e farta, plantas e pessoas convivendo em paz [Gladir Cabral]. Uma mesa... Lugar de encontro, pessoas tão diferentes umas das outras, porém todas iguais em seu valor, braços dados ou não [Geraldo Vandré]. A mesa é plana, coloca todos no mesmo nível.

É nesse contexto além-religião que entendo que uma mesa pode aproximar as pessoas: a "mesa da arte". Na verdadeira arte não há música gospel, cristã ou secular, mas apenas música boa ou ruim [Jorge Camargo]. A Igreja, que deveria ser um conjunto de pessoas que se reúne para o bem, insiste em manter um papel de juiz fabricando "santos" e apartando "profanos", os dignos e os indignos.

Eu quero uma mesa no campo. Viver em paz com todos, mesmo sabendo que cada um enxerga da sua própria janela lateral [Telo Borges]. Conviver sem receio de ser recriminado e discriminado. Uma mesa com Gladir, Vandré, Milton Nascimento, João Alexandre, Lenine, Ivan Lins, Jorge Camargo, Gerson Borges (e outros Borges - Lô, Telo), etc.. Quem sabe assim não damos mais sentido à vida?

Abraços! [ThiagoPX]

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Amor pela fé

A sentença sempre veio fácil: "Deus me ama". Sendo Deus amor, como não amaria? Como não me amaria? Deus é amor! Essa é a essência da mensagem de Jesus, ou melhor, essa é a matéria que o constitui. Toda elaboração filosófica a respeito de quem somos e todos os conceitos teológicos, por mais complexos que sejam, devem estar fundamentados no Deus que é amor.

Essa é a religião que verdadeiramente deveria nos atrair. Um Deus que nos aceita apesar de nós. E, de fato, a biografia de Jesus nos convence facilmente disso. Os conflitos surgem do atrito com a vida, com as situações de sofrimento que nos fazem desconfiar desse amor. Para mim é fácil imaginar Deus como amor na pessoa de Jesus sofrendo o que deveria ser o meu sofrimento. Mas quando sofro, fica mais difícil acreditar no amor, e sendo o amor o fundamento da minha fé, ela se abala nesses momentos.

Apesar disso, nós cristãos temos inúmeras explicações para o sofrimento humano. Mas as respostas que obtemos não anulam os fatos, como diz o Pr. Ed René Kivitz. O intelecto parece estar convencido, mas as emoções gritam o contrário. Clamamos por respostas mas sinto que nosso maior anseio é por sentido, por algo que nos impulsione a superar nossas dificuldades.

O apóstolo Paulo diz que "...Deus prova o seu amor para conosco, em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores." Ele não fala que Deus eliminou o mal da Terra, mas que Deus, sendo amor e sendo puro, se envolve com os pecadores. Nossos maus momentos não anulam o amor de Deus, e se fica difícil sentir esse amor, devemos ter fé que ele é real pois sabemos que Cristo morreu por nós.

A grande virtude da fé não é eliminar as montanhas da nossa frente, mas nos lançar em Deus acreditando que existe amor e esse amor não nos desampara. Gente de fé ouve o amor no mais absoluto silêncio de Deus.

Abraços,
ThiagoPX