The pursuit of happiness

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Escrever ou não escrever?

Um dia desses estava assistindo o Manhattan Connection, programa aparentemente interessante, exceto pelos egos mais do que inflados. Achei interessante a discussão sobre o narcisismo virtual que nos acomete. O Orkut que o diga. Fotos e mais fotos de plena beleza e alegria. Eu sou assim também, mas tenho tentado me controlar.

O que me tirou do sério foi a crítica contra as inúmeras pessoas que utilizam de meios como blog para expor suas opiniões, "...como se alguém fosse se interessar". Eles achavam ridículo o número de pessoas que davam seus pitacos sobre a existência, sentido da vida, etc. Concordo que há uma tendência narcisista de bancar "o filósofo", mas ainda prefiro isso a pensar que as pessoas deixam de lado questões básicas da vida como "quem eu sou", "de onde vim", "para onde vou" ou "por que existo".

As baboseiras escritas não me preocupam tanto quanto a falta de reflexão ou a falta de consideração para quem ousa opinar sobre a vida. Eu acho muito interessante o processo de escrita. Temos ideias e opiniões para o presente momento que pensamos estar consolidadas. Após certo tempo de publicar um texto, questionamos se realmente fomos nós quem escreveu. O estilo e as palavras soam cafonas, as ideias pueris e chegamos a pensar quão inocentes e simplistas fomos diante de temas complicados. Por vezes parecemos tão seguros sobre o que falamos até percebermos nossa pequenez. Mas é nesse processo de escrita e releitura que sentimos o quanto mudamos. Passamos a nos conhecer melhor, a evitar cair nos mesmo erros, a rir de bobagens que postamos e também treinamos nosso senso crítico. E ainda existem pessoas que querem nos tirar esse prazer de publicar nossos devaneios. Pobres adultos...

Eu continuarei a escrever ainda que não haja público. Serei fiel a mim, ao que penso, sinto, creio e sou, afinal não existem profissionais em viver. Farei o que gosto de fazer. Vou transformar pensamentos em palavras para tornar leve a mente. Vou criar, errar, criticar a mim mesmo, rir um pouco e evoluir. Acho que essas coisas dão mais sentido à vida do que apresentar programas de televisão (narcisistas, por sinal).

Abraços,

Thiago PX