Uma criança especial. Especial por ser criança, especial por ser filha, minha filha. Não "minha" como posse, não apenas "minha" como responsabilidade (apesar de o ser), mas como parte de mim.
Ela é o eco do meu sorriso, o espelho de minhas caretas, o elo do meu abraço. Ela se esconde, eu encontro. Eu me escondo, ela encontra. Nos encontramos. Pai e filha. Do berço aos braços, dos braços ao banho, do banho ao berço. Por ser pai, participar.
Mas, em alguma parte do dia, a deixo. Em boas mãos, é verdade, porém não são as minhas. Trabalho estudando, estudo trabalhando. Não tem brincadeira no trabalho. Por ser pai, prover.
O que faz Liz sorrir hoje? Do que precisará amanhã? O mundo de Liz tem poucos brinquedos, mas muitas brincadeiras. O mundo de Liz não tem luxo, mas tem lar. Tem até um parquinho lá em baixo que gente grande só pode olhar. O mundo de Liz tem Jesus, que também foi criança, uma criança especial!